Google+ O Livro dos Deuses Nórdicos: A origem do Mito: as Valquírias como entidades monstruosas

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22 de agosto de 2013

A origem do Mito: as Valquírias como entidades monstruosas

A primeira dessas imagens corresponde à representação mais antiga, talvez herdada diretamente dos antigos romanos. Nela as valquírias corresponderiam a seres grotescos, sanguinários, sobrenaturais, sedentos de sangue, promotores de carnificina em batalhas e mortandades. Verdadeiros”augúrios de luta e morte; ela às vezes aparecem para os homens em sonhos” (DAVIDSON, 2004, p.54), A mais importante fonte para essa descrição é um poema tardio isalandês, Darraðarljóð (“A canção da lança”), integrante de Njáls saga do século XIII. Numa visão de sonho que teria ocorrido antes da batalha de Clontarf em Dublin (1014), um estranho grupo de 12 mulheres foi visto tecendo uma macraba tapeçaria feita de cabeças e entranhas de homens. O poema é composto de 12 estrofes e 88 versos:

A urdidura é feita de entranhas humanas;
Cabeças humanas são usadas como pesos;
As varas do tear são lanças encharcadas de sangue;
As hastes são firmes,
E flechas são as lançadeiras.
Com espadas nós teceremos
A teia da batalha. (Segunda estrofe, NJÁL’S SAGA 157)

É horrível agora
Olhar para o redor,
Uma nuvem vermelha cheia de sangue
Escurece o céu.
O firmamento está manchado
Com o sangue dos homens,
E as valquírias
Cantam sua canção” (Décima segunda estrofe, NJÁL’S SAGA 157)



Podemos perceber no poema as valquírias como tecelãs do destino dos homens, sendo comparáveis às nornir(nornas). Um destino terrível, sangrento, verdadeiras agentes da morte, escolhendo quais guerreiros tombarão no campo de batalha, trazendo muito sangue e dor, cujo símbolo principal é a lança, o maior atributo do deus Odin.Algumas hipóteses foram criadas para tentar explicar essa representação tão terrível do mito original.

Adaptação do livro: Deuses, Monstros, Heróis (Jhonni Langer)



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